Por Rogério Temporim – Instituto Sabedoria Cósmica
Olá queridas/os!
Hoje gostaria de falar de um tema que, creio, é mais do que necessário ao terapeuta holístico, mais especificamente no exato momento que vivemos (final de 2022). Pode acreditar: podemos estar vendo o fim das redes sociais digitais como conhecemos…
Antes, te garantir algo: certamente estive nas primeiras redes sociais digitais que já existiram e nunca presenciei um momento tão particular como este.
Então, comecemos (e terminemos) falando do TIKTOK. Pois, acho, ele foi (e é) o início do fim.
O TikTok caminha para ser a maior rede social do planeta. Mas, pasme, ele não é propriamente uma “rede social”… Pois a ideia não é interagir com outros usuários, mas sim consumir conteúdos rápidos e, via de regra, rir ou dançar. Nada contra, nada a favor. Mas Vejamos:
O TikTok está destruindo as redes sociais simplesmente porque incentiva e propaga o conteúdo VIRAL, aquele que todo mundo vai compartilhar na “zoeira”, em detrimento do conteúdo “passional” que era o do orkut (finado), facebook, instagram (até 2018) e de blogs como este que você está lendo.
O Facebook, agora, correndo atrás de usuários, privilegia os Reels e os Stories (bem menos sociais e comentáveis). Até mesmo o LinkedIn e o Twitter (que agoniza nesta presente data), passando por Youtube, estão se rendendo à “tiktokização”.
Mas claro que o Instagram é o caso mais sério! Ele está tentando, aos poucos, se transformar em um tipo de TIKTOK (fake). Desde que Adam Mosseri (CEO) anunciou algumas mudanças na plataforma, ficou evidente a preocupação em “entreter” ao invés de conservar um espaço de produção de conteúdo mais profundo.
Isto tem um impacto relevante na produção de conteúdo do terapeuta holístico (e em qualquer outro nicho) e devemos nos atentar, em nossa opinião, a dois largos caminhos possíveis:
Como o Instagram nasceu e cresceu sendo uma rede passiva, de conteúdo aspiracional e autoral, simples de usar e que não cobrava aparecer num vídeo, podemos supor que as pessoas que consumiam este conteúdo continuam lá. Portanto, o primeiro caminho é pensar que ainda podemos produzir conteúdos mais estáticos, com menos dinamismo e mais informação e teremos (ou teríamos) uma audiência que, embora restrita, ainda engaje e se envolva, se encararmos este tipo de produção como um oasis em meio a dancinhas e vídeos engraçados e passageiros. Mas aí vem o problema:
O Algoritmo: gerente supremo do tráfego que pode, simplesmente, tornar quase invisível um conteúdo anacrônico e destoante.
Assim, como não podemos ignorar esses movimentos monstruosos das tecnologias que simplesmente “engolem” aqueles que caminham na contramão, o segundo caminho pode ser “seguir o fluxo” apenas para não morrer e produzir algum conteúdo “tiktok” (rápido, em vídeo, dinâmico, engraçado, etc etc etc) que seja “topo de funil” para que as pessoas sigam para outro lugar (um blog, um canal no youtube, seu site, etc) e então você possa se comunicar com ela (de verdade).
Podemos já considerar que o impacto da orientação “tiktoker” nas redes sociais é irreversível (ao menos por hora) e afeta diretamente os terapeutas holísticos que tentam sobreviver na rede, uma vez que o algoritmo potencializa esses conteúdos virais e não aqueles que, mesmo tendo qualidade e sendo relevantes para nosso nicho, não são de entretenimento rápido e potencialmente explosivos. A ideia é que se a sua “tia” não se animar em compartilhar aquilo no grupo do zap da família, não é potencialmente viral e os algoritmos das novas redes “sociais” não terão tanto interesse em abrir a porteira. Sorte da sua tia e azar o nosso…
Bem, quem sabe o leitor veja outras saídas para além dos dois caminhos que sugerimos, de repente uma mistura de ambos mas, se há algo certo, é que as redes sociais estão entrando num inverno e devemos discutir isto.
Por hora, temos aqui uma constatação e demorar para entender este cenário pode fazer qualquer um de nós acabar falando às paredes na internet.
Mas, quiçá seja apenas algum tipo de “era do gelo” e em algum momento vai renascer a internet como nós a conhecemos há muitos… ops, quer dizer, há alguns poucos anos atrás!